A rica transição entre o cerrado e a mata atlântica
Carrancas está situada em uma faixa de transição entre o cerrado e a mata atlântica, onde há predomínio de campos rupestres, matas de galeria (densas florestas estreitas, de árvores maiores, que margeiam os cursos d’água) e campos naturais com predominância de gramíneas e ciperáceas. A área é rica em espécies, especialmente das famílias Orquidáceae, Asteraceae e Melastomatoceae.
Existe também a presença de Podocarpus e campos naturais, substituídos por pastagens de Brachiaria. Em geral, o que se observa são pequenas árvores de troncos torcidos, curvos e de folhas grossas, esparsas em meio a uma vegetação rala e rasteira e com pontos específicos de vegetação arbórea densa, o chamado Cerradão.
O ambiente ainda conserva muitos remanescentes significativos da vegetação nativa, tanto em campos limpos quanto em formas florestais, como candeias, óleo copaíbas, ipês amarelos, corticeiras, jequitibás, barbatimão, entre outras.
No cerrado existem mais de 2 mil espécies lenhosas, 6 mil não-lenhosas e 500 espécies de gramíneas naturais, sendo que 538 espécies estão ameaçadas de extinção!